Na quarta-feira, a Cloudflare revelou ter mitigado o maior ataque de negação de serviço distribuído (DDoS) já registrado, atingindo 29,7 terabits por segundo (Tbps). Este ataque foi originado de uma botnet chamada AISURU, conhecida por realizar ataques DDoS de alta volumetria ao longo do último ano. O ataque, que durou 69 segundos, não teve seu alvo divulgado.
A AISURU é composta por uma vasta rede de 1 a 4 milhões de dispositivos infectados globalmente. O ataque de 29,7 Tbps utilizou a técnica de bombardeio UDP, atingindo cerca de 15.000 portas de destino por segundo. A Cloudflare também enfrentou um ataque de 14,1 Bpps da mesma botnet. Desde o início do ano, a empresa mitigou 2.867 ataques da AISURU, sendo 1.304 deles de alta volumetria apenas no terceiro trimestre de 2025.
Em 2025, a Cloudflare bloqueou 36,2 milhões de ataques DDoS, com 1.304 superando 1 Tbps. O número de ataques que excederam 100 milhões de pacotes por segundo aumentou 189% em relação ao trimestre anterior. A maioria dos ataques, 71% dos HTTP DDoS e 89% dos de camada de rede, duraram menos de 10 minutos. As principais fontes de ataques DDoS incluem países da Ásia, como Indonésia e Tailândia, além de Equador, Rússia e Ucrânia.
Os setores de mineração e automotivo estão entre os mais atacados, com um aumento significativo nos ataques DDoS. Empresas de inteligência artificial também viram um aumento de 347% nos ataques em setembro de 2025. Setores como tecnologia da informação, telecomunicações e serviços de internet continuam sendo alvos frequentes.
A Cloudflare destacou que os ataques DDoS estão se tornando cada vez mais sofisticados e volumosos, desafiando as organizações a se adaptarem rapidamente a este cenário em evolução.
Fonte:https://thehackernews.com/2025/12/record-297-tbps-ddos-attack-linked-to.html
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